A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) se reúne nesta sexta-feira (4) para avaliar novamente os pedidos de importação emergencial da Sputnik V, a vacina russa contra a Covid-19. A decisão da Anvisa é muito aguardada pelo governo de Mato Grosso que já encomendou 1,2 milhão de doses do imunizante. Durante a reunião, a agência também discutirá a situação da vacina indiana Covaxin.
Essa é a segunda vez que a Anvisa vai analisar se libera a Suptinik V. Em abril, a agência negou o pedido de 14 estados que negociaram cerca de 30 milhões de doses da vacina. À época, a Anvisa apontou que faltavam relatórios técnicos para comprovar a qualidade do imunizante.
Também foram apontadas falhas de segurança na produção da vacina. A mais grave teria relação com o adenovírus usado para carregar o material genético do coronavírus e estimular a produção de anticorpos.
Segundo a Anvisa, o adenovírus utilizado seria capaz de se reproduzir e causar doenças. O Fundo Russo de Investimento Direto que desenvolve a vacina, negou.
Mesmo com o impasse, o secretário chefe da Casa Civil de Mato Grosso, Mauro Carvalho, assegurou, na última segunda-feira (31) que a vacina russa ainda era a aposta do governo para aumentar a cobertura vacinal no Estado. As 1,2 milhão de doses seriam suficientes para vacinar toda a população acima de 30 anos, segundo o governador Mauro Mendes (DEM).
"Mato Grosso ainda tem esperanças de comprar a Suptnik. Estamos aguardando a liberação da Anvisa, mas o governador Mauro Mendes continua empenhado na aquisição dessas vacinas", afirmou o secretário na ocasião.