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Polícia encontrou armas e munição na casa onde homem matou pai, irmão e PM no RS: 'Cenário de guerra', diz delegado

Publicado em: 23/10/2024
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Suspeito era CAC e estava com duas pistolas e duas espingardas dentro de casa, em Novo Hamburgo. Atirador matou pai, irmão e um policial, além de ter deixado nove feridos. Homem foi encontrado morto.

A Brigada Militar (BM) encontrou quatro armas e "farta munição" na casa onde um homem matou o pai, o irmão e um policial, além de ter deixado nove pessoas feridas, em Novo Hamburgo, na Região Metropolitana de Porto Alegre. O suspeito, que tinha registro de colecionador, atirador desportivo e caçador (CAC), foi morto pela polícia na manhã desta quarta (23).

O cerco policial começou na noite de terça-feira (22) e durou cerca de nove horas. A troca de tiros entre a polícia e o atirador atingiu tanto a casa onde ocorreu o cárcere privado quanto imóveis vizinhos. Um perito do Instituto-Geral de Perícias (IGP) recolheu dezenas de balas que ficaram na rua após a ocorrência.

Foram localizadas duas pistolas, uma de calibre 9 mm e outra .380, e duas espingardas. O chefe da Polícia Civil do RS, delegado Fernando Sodré, classificou a situação como um "cenário de guerra".

"É um cenário de guerra. Ele tinha farta munição, duas pistolas, uma calibre 9 mm e uma calibre.380, e mais duas carabinas, e efetou disparos em cima dos policiais durante todo o tempo", diz Sodré.
O atirador, identificado como Edson Fernando Crippa, de 45 anos, também abateu dois drones da polícia militar. As armas estariam legalizadas, segundo os investigadores.

"Ele era a CAC, e tinha uma arma registrada no SIGMA, no Exército, e uma arma registrada no SINARM, no Registro Normal. E todas as armas dele apresentavam legalidade, todas estavam de acordo com a legislação", diz Sodré.
O secretário da Segurança Pública, Sandro Caron, afirmou que o assassino tinha histórico de esquizofrenia.

"Ele tinha um histórico de pelo menos quatro internações por esquizofrenia, então é óbvio que qualquer um de nós sabe que no momento em que se der acesso a arma de fogo e afarta munição a uma pessoa com esquizofrenia, uma tragédia vai ocorrer", afirma Caron.

Ao g1, o Exército informou que havia uma pistola .380 registrada no nome do suspeito. A arma foi adquirida em 2007, e a revalidação estava prevista para 2026. "⁠O laudo psicológico de 2020, feito por um profissional credenciado, não apontou problemas", informa o porta-voz do Exército.

Já a Polícia Federal informou que, "das quatro armas apreendidas, há registrado no sistema SINARM apenas um armamento, com certificado de registro válido, conforme legislação vigente na época".

"O pedido de aquisição da referida arma de fogo foi realizado nesta Superintendência da Polícia Federal, quando foi anexada a documentação exigida pela legislação, inclusive o laudo psicológico de APTO para a aquisição de armas, emitido por psicóloga devidamente credenciada", disse a PF.

Entenda o caso
Um homem de 45 anos manteve a própria família em cárcere privado em casa. Ele matou o pai, o irmão e um policial militar a tiros e deixou outras nove pessoas feridas, entre policiais e familiares

Os três mortos foram identificados como:

Eugênio Crippa, de 74 anos, pai do atirador
Everton Crippa, 49 anos, irmão do atirador
Everton Kirsch Júnior, de 31 anos, policial militar

Os nove feridos foram identificados como:

Cleris Crippa, 70 anos, mãe do atirador – estado grave após ser baleada três vezes
Priscilla Martins, 41 anos, cunhada – estado grave após ser baleada uma vez
Rodrigo Weber Voltz, 31 anos, PM – em cirurgia após ser baleado três vezes
João Paulo Farias Oliveira, 26 anos, PM – em cirurgia após ser baleado uma vez
Joseane Muller, 38 anos, PM – estado estável após ser baleada uma vez
Eduardo de Brida Geiger, 32 anos, PM – liberado do hospital após ser baleado de raspão
Leonardo Valadão Alves, 26 anos, PM – liberado do hospital após ser baleado de raspão
Felipe Costa Santos Rocha, PM – liberado após ser baleado de raspão
Volmir de Souza – aguarda cirurgia após ser baleado uma vez (não há confirmação sobre a relação dele com o crime, mas informações iniciais apontam que seria um guarda municipal)

O crime aconteceu em uma casa na Rua Adolfo Jaeger, no bairro Ouro Branco. Conforme a polícia, o homem estaria mantendo os pais em cárcere privado. O próprio pai teria ligado para a polícia denunciando maus-tratos, segundo o Bom Dia Brasil. Logo que viu os policiais, na parte da frente do imóvel, o homem atirou contra eles.

Uma pessoa que estava fora da casa e não era policial nem familiar também chegou a ser atingida. Informações iniciais apontam que era um guarda municipal.

De acordo com o tenente-coronel Alexandro Famoso, comandante do 3º Batalhão de Polícia Militar (3º BPM) de Novo Hamburgo, houve tentativa de negociação e conversa com o atirador, incluindo contato telefônico. O homem, no entanto, só respondia com disparos, segundo o comandante.

O comandante Alexandro Famoso informou que o homem atirou "de forma inesperada [...] em todas as pessoas que se encontravam naquele local, na frente da residência".

Fonte: G1

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