Segundo federação, PEC trará prejuízos para estabilidade das empresas impactos negativos no horário de funcionamento.
A Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Mato Grosso (FCDL-MT) se manifestou contrária à Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que propõe o fim da escala 6x1, de autoria da deputada federal Érika Hilton (Psol-SP). O texto já conseguiu o número de assinaturas necessárias para começar a ser discutido na Câmara. A FCDL-MT segue o mesmo posicionamento da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).
Segundo a FCDL-MT, a proposta coloca em risco a manutenção de milhares de micro e pequenas empresas do estado, uma vez que a redução da jornada de trabalho sem a redução dos salários impacta diretamente nos custos operacionais dos negócios.
Destacou ainda que PEC trará grandes prejuízos para a estabilidade das empresas e impactos negativos no horário de funcionamento dos estabelecimentos comerciais, que já encontram dificuldades para encontrar mão de obra para ocupar as vagas em horários alternativos. Além disso, os trabalhadores sofrerão com o aumento da informalidade, com a redução de salário e aumento do custo de vida.
"A FCDL MT alerta que tal alteração significa uma mudança de paradigma estrutural no país, uma vez que a redução da carga de trabalho é promovida com base em modelos europeus e norte-americanos, que não refletem a realidade brasileira, onde o custo do emprego e os encargos trabalhistas são altos", diz trecho da nota.
"A FCDL Mato Grosso reforça o seu compromisso com o setor produtivo e com a geração de empregos no Estado e junto com a CNDL conclama o Congresso Nacional para que se promova um amplo debate em busca de alternativas que priorizem o desenvolvimento econômico, o ambiente de negócios e da renda da população brasileira", finaliza.
Dos representantes de Mato Grosso na Câmara, apenas os deputados federais Emanuelzinho (MDB) e Gisela Simone (UB) assinaram a proposta. Cabe destacar que Gisela ponderou que é necessário fazer ajustes na PEC.