Para os vereadores, a luta não é apenas política, mas uma questão de justiça para o povo de Jauru.
A eleição municipal de Jauru continua gerando grande indignação entre vereadores e população. Durante entrevistas, os vereadores Kátia Novak (PL), Pedro Ferreira (Republicanos) e Lázaro Rodrigues (PL) compartilharam suas preocupações sobre o que consideram um processo marcado por irregularidades, incluindo compra de votos e uso indevido do poder público.
A vereadora Kátia Novak destacou a prisão em flagrante da vice-prefeita eleita, Enércia Monteiro (PSB), por suposta compra de votos. "A polícia monitorou a situação e confirmou o crime. O uso da máquina pública e a corrupção foram escancarados nesta eleição. É inaceitável", afirmou.
Kátia também criticou a separação das decisões judiciais entre prefeito e vice-prefeita. “Quando votamos, é para a chapa como um todo. Separar as decisões é uma aberração jurídica que gera insegurança para o processo eleitoral. Nós confiamos que a justiça será feita, mas não vamos nos calar diante dessa situação", concluiu.
Pedro Ferreira: "O povo merece respeito"
O vereador Pedro Ferreira também manifestou sua indignação, apontando inconsistências nas decisões judiciais. Ele criticou a diplomação do prefeito enquanto a vice-prefeita inicialmente estava impedida. “É incompreensível separar os dois. A compra de votos, se comprovada, invalida toda a chapa. Estamos vivendo um momento que parece absurdo”, declarou.
Pedro reiterou seu compromisso com os eleitores: "Nós não vamos desistir. Vamos lutar até a última instância para que os responsáveis sejam punidos e que o mandato seja justo, como o povo merece."
Lázaro Rodrigues: "Uma guerra política vergonhosa"
O vereador e presidente do PL em Jauru, Lázaro Rodrigues, classificou a situação como "vergonhosa" e ressaltou o impacto das irregularidades para a credibilidade das eleições. “Nunca vi algo assim. Declaram um e deixam outro. É uma chacota política. Estamos confiantes de que a verdade prevalecerá e que a justiça será feita no ano que vem", disse.
Lázaro reforçou a união do grupo opositor e sua confiança no julgamento final: "Não vamos descansar enquanto não houver uma decisão justa que respeite a vontade do povo de Jauru.”
O caso em Jauru reflete a insatisfação de parte significativa da população e dos vereadores com o desenrolar das eleições. As denúncias de compra de votos e corrupção, associadas à vice-prefeita eleita, têm alimentado a desconfiança sobre a integridade do processo eleitoral. A diplomação provisória, garantida por uma liminar, não pacificou os ânimos, e os opositores continuam confiantes de que as investigações revelarão toda a verdade.
As expectativas agora recaem sobre as decisões judiciais futuras, que poderão determinar a anulação da chapa ou validar o mandato dos eleitos. Para os vereadores, a luta não é apenas política, mas uma questão de justiça para o povo de Jauru.