Ainda conforme a pesquisa, Mato Grosso registrou queda de -2,1% no volume de Serviços em janeiro, em fevereiro deu salto de 31,5% de crescimento
O volume de serviços, em Mato Grosso, fechou o primeiro trimestre com resultado negativo, encerrando o período com queda de 1,1%, quando comparado ao mesmo período do ano passado. O saldo negativo do estado é o único de todo o Centro-Oeste, como aponta a Pesquisa Mensal de Serviços, do IBGE.
Enquanto a média nacional foi de expansão de 2,4%, nesse mesmo intervalo de 2025, no Centro-Oeste, três dos quatro estados também tiveram saldo ‘azul’. Em Mato Grosso do Sul, houve crescimento anual de 1%, em Goiás, de 4,6% e no Distrito Federal, o maior registro do trimestre na região, com alta de 6,5%.
Ainda conforme a pesquisa, Mato Grosso registrou queda de -2,1% no volume de Serviços em janeiro, em fevereiro deu salto de 31,5% de crescimento e em março voltou a colher perdas: -9,2%.
Nas atividades Turísticas, segmento observado pelo IBGE, Mato Grosso só contabiliza perdas, tanto na avaliação mensal, quanto na anual, os resultados são ruins ao ponto de fechar o primeiro trimestre do ano com retração de 8,1%, a maior entre os estados avaliados.
BRASIL – O país variou 0,3% em março de 2025, após crescer 0,9% em fevereiro, acumulando ganho de 1,2% nestes dois meses seguidos de resultados positivos. Assim, o setor opera 0,5% abaixo do ponto mais alto de sua série, alcançado em outubro de 2024. Além disso, o volume total de serviços está 16,9% acima do patamar pré-pandemia, cujo marco é fevereiro de 2020.
Em relação a março de 2024, na série sem ajuste sazonal, o volume de serviços cresceu 1,9%, décimo segundo resultado positivo consecutivo. O acumulado no primeiro trimestre de 2025 mostrou expansão de 2,4% frente a igual período de 2024 e o acumulado nos últimos doze meses, ao avançar 3,0% em março de 2025, acelera o ritmo de expansão frente aos avanços observados em janeiro e fevereiro (2,8%).
Para Rodrigo Lobo, gerente da Pesquisa Mensal de serviços do IBGE, “a leitura que se deve fazer sobre o setor de serviços é a de que ele vem se sustentando muito próximo do seu nível recorde, alcançado em outubro de 2024. Agora, em março de 2025, o setor está apenas 0,5% abaixo do pico da série, sendo o segundo ponto mais alto da série histórica, iniciada em janeiro de 2011. As flutuações do setor de serviços são naturais e os resultados negativos recentes, como o de novembro de 2024 e o de janeiro de 2025, não podem ser vistos como momentos de inflexão ou de reversão de trajetória. Há, ao contrário, a sustentação do setor de serviços em um patamar elevado, muito próximo do seu nível recorde”.
Em março de 2025, houve predomínio de taxas positivas tanto em termos setoriais quanto na ótica regional, visto que três das cinco atividades e 14 das 27 unidades da federação investigadas mostraram expansão frente ao mês anterior.
Setorialmente, o destaque ficou por conta da expansão vinda dos transportes (1,7%), que registrou o segundo resultado positivo seguido, com ganho acumulado de 2,2%.
Regionalmente, ainda na comparação com março de 2024, houve expansão em 22 das 27 unidades da federação. A contribuição positiva mais importante ficou com São Paulo (2,0%), seguido por Distrito Federal (14,3%), Santa Catarina (5,4%), Mato Grosso (8,6%) e Goiás (7,7%). Em sentido oposto, Rio Grande do Sul (-9,6%) liderou as perdas do mês, seguido por Pernambuco (-4,7%) e Minas Gerias (-0,9%).
Em março de 2025, o índice de atividades turísticas apontou variação negativa de 0,2% frente ao mês imediatamente anterior, após ter avançado 2,7% em fevereiro. Com isso, o segmento de turismo se encontra 9,2% acima do patamar de fevereiro de 2020 e 3,9% abaixo do ápice da sua série histórica, alcançado em dezembro de 2024.
Apenas 3 dos 17 locais pesquisados acompanharam este movimento de decréscimo verificado na atividade turística nacional (-0,2%). As únicas influências negativas do mês ficaram com Paraná (-2,8%), Espírito Santo (-7,6%) e Rio Grande do Sul (-2,2%). Em sentido oposto, Rio de Janeiro (3,2%) liderou os ganhos do turismo, seguido por São Paulo (0,5%), Distrito Federal (4,8%) e Minas Gerais (1,0%).