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Mapa confirma suspensão de carne de frango para 20 países

Publicado em: 20/05/2025
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Ministério ressalta que essa lista é dinâmica e é revisada diariamente, tendo em vista as tratativas em curso com os países parceiros e que atualizações serão publicadas no site


Em coletiva de imprensa realizada ontem (19), o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) informou a suspensão da exportação de carne de aves por 20 países. Países como México, Coreia do Sul, Chile, Canadá, Uruguai, Malásia e Argentina manifestaram pela suspensão da importação da carne de aves de todo o Brasil.

Já para China, União Europeia, África do Sul, Rússia, Peru, República Dominicana, Bolívia, Marrocos, Paquistão e Sri Lanka a suspensão para todo o território nacional foi aplicada em atendimento aos requisitos sanitários em protocolos assinados com esses países parceiros.

De forma regionalizada, Reino Unido, Cuba e Bahrein suspenderam o estado do Rio Grande do Sul. Diversos outros países aplicam a restrição apenas à área afetada, o que, neste caso, não gera impactos comerciais, já que não há estabelecimentos exportadores localizados no raio do foco.

O Mapa ressalta que essa lista é dinâmica e é revisada diariamente, tendo em vista as tratativas em curso com os países parceiros, nas quais são apresentadas todas as ações que estão sendo executadas para erradicar o foco.

Novas atualizações serão publicadas no site, com o objetivo de garantir transparência sobre a situação.

A indústria avícola brasileira ainda não possui uma estimativa precisa das perdas, mas segundo análise inicial de instituições federais e do Mapa, projetam um impacto de cerca de US$ 250 milhões por mês, ou 150 mil toneladas mensais. Em 2024, o Brasil liderou as exportações globais de carne de frango, com 5,29 milhões de toneladas (in natura e industrializada), gerando uma receita cambial de US$ 9,92 bilhões.

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, declarou que o embargo inicial de 60 dias imposto por alguns países pode ser reduzido através de negociações diplomáticas e comerciais, com a possibilidade de as restrições serem limitadas à área próxima ao foco. O presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin, também se mostrou otimista quanto à revisão do prazo e à possibilidade de regionalização das restrições, caso os importadores considerem as informações do Brasil suficientes para isolar o problema. A expectativa é que o país possa recuperar o status sanitário de livre de gripe aviária perante a Organização Mundial de Saúde Animal (Omsa) em um período de 30 a 40 dias após a conclusão dos trabalhos de desinfecção.

MERCADO – Fávaro afirmou que os focos detectados de gripe aviária no Rio Grande do Sul não trarão impacto significativo no preço da carne de frango, apesar da suspensão de vendas para mais de uma dezena de países.

“Acredito muito mais em pequenas variações, pode ter um excesso de oferta, [por] 10 e 15 dias, e aí vai direcionando para outro lugar, retomando para algum país que flexibilizará seu protocolo. Portanto, eu acredito muito mais na estabilidade”, disse em entrevista coletiva para atualizar informações sobre o caso.

Maior exportador de carne de frango do mundo, o Brasil vendeu 5,2 milhões de toneladas do produto, em diferentes formatos, para 151 países, auferindo receitas de US$ 9,9 bilhões, segundo dados de 2024 apurados pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).

Mais de 35,3% de toda a carne de frango produzida no Brasil é destinada ao mercado externo.

Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul concentram 78% dessas exportações. Os principais destinos internacionais dos produtos da cadeia brasileira do frango são China, Japão, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, África do Sul, Filipinas, União Europeia, México, Iraque e Coreia do Sul, com mais de 60% dos volumes embarcados.

“A experiência adquirida, no caso da [doença] Newscasttle, no ano passado, os preços não abaixaram tanto. Segundo, não vai ficar tão grande a restrição, porque é possível que, durante o período dos 28 dias, e a gente está confiante de que vai conseguir segurar dentro do raio [do foco], do caso específico, há a volta gradativa à normalidade. E outro fator que dará estabilidade de preços, que imagino, é que 70% da produção já fica no mercado interno. Então, estamos falando de 30%, se fechasse para todo mundo”, explicou Fávaro.

Não há prazo para que organismo internacional responda à autodeclaração, quando ela for feita, mas a expectativa é que os países levantem as barreiras de forma gradativa. 

Fonte: MT ECONOMIAS

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