Uma nova rodada de negociações, realizada na tarde desta terça-feira (27), entre os bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), pode pôr fim à greve da categoria, que já dura 22 dias em todo o território nacional. A reunião será realizada em São Paulo.
Em Mato Grosso são cerca de 270 agências fechadas. No Brasil esse número ultrapassa os 12 mil. Segundo o Sindicato dos Bancários de Mato Grosso (Seeb-MT) 57% das agências de todo país aderiram ao movimento.
Durante a greve, as agências bancárias não realizam atendimento ao público. Os clientes possuem apenas os serviços de caixa eletrônico e internet banking.
Na semana passada, a Ordem dos Advogados da Brasil seccional Mato Grosso (OAB/MT) obteve uma liminar concedida pela Justiça para garantir o atendimento aos advogados com 30% do efetivo das agências.
Em reunião realizada na última quinta-feira (22), com participação do sindicato, ficou estabelecido que haverá atendimento bancário para as demandas eleitorais em todo o estado, diante da greve dos bancos. O restante da população fica sem atendimento nas unidades.
A categoria reivindica reajuste salarial de 14,78%, dos quais 5% seriam referentes a aumento e 9,31% à reposição inflacionária, reposição de perdas dos vales de alimentação e refeição e na participação nos lucros e resultados (PLR), piso salarial de R$ 3,9 mil, ampliação das contratações, proteção aos empregos e melhoria geral das condições de trabalho.
A Fenaban apresentou uma proposta com índice de 7% de aumento, mais abono de R$ 3.300 que foi rejeitada por duas vezes para a categoria por representar perdas em relação a inflação do ano passado.
A reunião desta tarde é a esperança de por fim à greve, que já atingiu o mesmo número de dias de paralisação do movimento de 2015. Com a greve os 30% dos atendimentos mantidos por lei garantem apenas a realização de compensações bancárias e reposição dos caixas eletrônicos.
Como a reunião será em São Paulo, apenas o presidente do sindicato de Mato Grosso participa, ele irá apresentar o resultado em uma data ainda não definida em assembleia geral com a categoria, que só a partir daí poderá decidir se suspende ou mantem o movimento.