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Pacientes se desesperam com a suspensão de atendimentos nos hospitais

Publicado em: 18/11/2016
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Pacientes que necessitam de atendimento nos hospitais filantrópicos estão desesperados por conta da greve que se estende pela segunda semana. Muitas pessoas que chegam o interior para Cuabá para realizar procedimentos médicos têm voltado para casa desoladas, sem atendimento. A maior preocupação com os pacientes em tramento contra o câncer. Quando chegam ao Hospital do Câncer de Cuiabá são recebidas com uma enorme faixa informando sobre a paralisação dos atendimentos. 
 
A senhora Maria Lucia Ferreira dos Santos, 63, fez hoje seu ritual mensal de vir para o hospital onde faz acompanhamento contra um tipo de câncer no sangue. Ela saiu de Rondonópolis (distante 215 km de Cuiabá) às 3h para a consulta, marcada para esta manhã. Chegando aqui foi recebida com a notícia de que não seria atendida pelo médico.
 
“Eles nem avisaram que a  gente não seria atendida. Fizeram a gente vir de lá para perder a viagem”, conta a paciente que iria apresentar seus exames para o profissional e receber seus comprimidos para a quimioterapia deste mês.
 
Segundo a paciente, ela já faz o acompanhamento há cinco anos e tem que tomar os remédios para controlar a doença. Ela conta que os comprimidos que têm só irão durar mais alguns dias e ela não pode ficar sem a medicação.
 
“Houve uma vez que ei fiquei um mês sem remédio porque não tinha na farmácia. Eu fiquei com as pernas entrevadas. Mesmo que eu fique só um dia sem tomar os comprimidos já passo mal, sinto enjoo, mal estar, uma canseira”, relatou. Segundo a paciente, o hospital informou que os retornos só serão agendados após o dia 25 deste mês. “Estou rezando para que meus comprimidos durem até lá”, frisa.
 
O Hospital Geral Universitário (HGU) é um dos mais movimentados da Capital e estava deserto na manhã desta sexta-feira (18). Apenas um ambulante vendia alimentos em frente ao hospital e algumas pessoas que estavam com parentes internados antes da greve entravam e saiam da unidade. 
 
Na frente do hospital estava também Zuleide de Paula que aguardava um amiga que vinha de Dom Aquino para uma consulta, mas que também estava na expectativa de ser atendida. “Ela não conhece aqui e pediu para que eu ficasse com ela, mas ainda não chegou e eu não sei se ela vai conseguir ser atendida por causa da greve”. Zuleide conta que a amiga está grávida de sete meses e sua gestação é de risco. Ela vem toda sexta-feira para realizar o acompanhamento, mas na semana passada a consulta foi desmarcada e agendada para hoje. 
 
Greve
As unidades do  Hospital de Câncer, Hospital Geral Universitário, Santa Helena e Santa Casa de Misericórdia em Cuiabá e Santa Casa de Misericórdia de Rondonópolis estão com atendimentos suspensos desde segunda-feira (7) devido aos atrasos nos repasses pelo Governo do Estado.
 
Além da integralidade no pagamento, os diretores das unidades querem a oficialização de um aporte que supere o déficit de R$ 3,6 milhões mensais no orçamentos dos hospitais.
 
Esta semana parte dos recursos foram repassados aos hospitais que decidiram seguir com a greve, pois querem o pagamento total dos atrasos. Enquanto isso, apenas os atendimentos de urgência e emergência estão mantidos.

Fonte: Site / Hiper Notícias

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