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Crise hídrica leva Cáceres a decretar estado de emergência

Publicado em: 23/08/2021
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A seca histórica deste ano fez com que diversos municípios de Mato Grosso declarassem estado de emergência devido à escassez de chuva que baixou o nível de água dos principais rios e reservatórios. Chapada dos Guimarães, Tangará da Serra e Cáceres são algumas das cidades que estão em alerta máximo.

A Prefeitura de Chapada dos Guimarães declarou estado de emergência no dia 28 de julho devido à severa seca no período de estiagem. O decreto foi publicado no Diário Oficial (DO) no dia 13 de agosto.

A crise hídrica do município está relacionada à falta de chuva e ao baixo nível dos rios e córregos da região, que fica a 65 km de Cuiabá.

A zona rural da cidade é a que mais está sofrendo com a falta de água regular nas torneiras. Cerca de 5.691 casas estão sem abastecimento. A solução, precária, foi a disponibilização do um único caminhão pipa por parte da Prefeitura. Das 70 comunidades rurais, pelo menos 22 correm o risco de ficarem totalmente desabastecidas.

“Os córregos estão secando e o pessoal da zona rural está padecendo. Estamos dando suporte a eles por meio do abastecimento com caminhão pipa, semanalmente, mas a situação só deve voltar ao normal com a chegada da chuva”, avalia o  diretor do Sistema Autônomo de Água e Esgoto da cidade (SAAE), Anderson Alves Murtinho.

Em Tangará da Serra  (252 km de Cuiabá) as últimas chuvas foram registradas em maio, quando choveu apenas 5 milímetros. A cidade está com racionamento de água desde o início de julho, quando a foi decretada calamidade pública.

“As medidas de reforço para amenizar o problema incluem ainda a perfuração de poços artesianos e a transposição do rio Russo para ampliar a oferta de água bruta para tratamento na Estação de Tratamento de Água (ETA) do Rio Queima pé, que está localizada a 3 km do Rio Russo, de onde estará sendo captado água”, conta o diretor de Serviços Autônomo Municipal de Água e Escoto (Samae), Heliton Luiz de Oliveira.Segundo Heliton, em apenas um mês o reservatório baixou um metro.

Ele explica que para trazer segurança hídrica aos moradores, o município fará a captação de água do rio Sepotuba. “A pesar da dispensa de licitações para aquisição de materiais e serviços relacionados ao enfrentamento à crise hídrica, buscar água no subsolo e em outros mananciais exige o cumprimento de uma série de requisitos voltados a questões legais e ambientais”, explica.

O rio Paraguai em Cáceres, que drena o bioma Pantanal, enfrenta a pior estiagem já registrada nos últimos 70 anos, quando o nível do rio começou a ser registrado. Na sexta-feira (20),  a prefeitura realizou junto uma vistoria ao longo do rio, para elaborar um parecer técnico e deve decretar estado de emergência da crise hídrica nos próximos dias.  A  Defesa Civil participa da
iniciativa.

Segundo a prefeita da cidade, Eliene Liberato, o rio vem baixando há meses a olho nu. “O nível de água diminuindo e estamos prestes a enfrentar uma crise hídrica. Vamos ter que decretar situação de emergência, e com isso, conseguir recursos federais para  auxiliar as comunidades que estão sofrendo com a falta de água na cidade”, conta a prefeita.

Em Cuiabá, um plano de abastecimento para o período de estiagem foi adotado pela concessionária Águas Cuiabá, para garantir que não falte água para população. “Esse período de seca é sempre um período preocupante, a gente vem monitorando intensamente o nível da Barragem do Manso, que é o que alimenta o Rio Cuiabá, e onde a gente possui três pontos de captação.

Nós montamos um plano para que a gente consiga suprir as necessidades de água da cidade neste período. Trabalhamos justamente com a administração da Barragem para entender melhor qual a capacidade de reservação neste período”, conta o diretor operacional do Águas Cuiabá, André Silva.

Ele frisou que no momento não há risco de Cuiabá sofrer com desabastecimento de água na cidade. “A gente percebe pelos gráficos que o nível está mais baixo que os anos anteriores, mas a equipe técnica da barragem tem passado para a gente que vai manter os níveis, embora tenha baixado significativamente nessas duas últimas semanas, mas o ponto de captação central
do Sul e do Lipa ainda estão em níveis bem confortáveis.

A gente está trabalhando intensamente para que esse ano a gente não tenha problemas, então a gente descarta a possibilidade de racionamento”, conta. “Hoje o que estamos controlando é o ponto de captação de água bruta em relação ao nível do rio.

Então o que a gente pede a população, não somente nessa época, é o uso consciente da água, que a gente tenha um consumo controlado, sem exageros, sem desperdícios”, finaliza o diretor.

Em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, a crise hídrica que já se alastra há anos e piorou no último mês, deixando mais de 20 bairros por duas semanas sem água nas torneiras. A Prefeitura anunciou na semana passada novas medidas para resolver o problema.“A prefeitura vem executado obras para melhorar a captação, tratamento e distribuição, além disso nos próximos dias a cidade ganha uma nova Estação de Tratamento de Água (ETA) que vai atender o Grande Cristo Rei, produzindo 320 litros de água por segundo, o que equivale a 27 milhões de litros por dia”, garante o prefeito Kalil Baracat.

No dia 17 de agosto, Baracat assinou um empréstimo de R$ 20 milhões junto à Caixa Econômica Federal para obras de ampliação do abastecimento de água. Chuvas

Segundo o site especializado em meteorologia Clima Tempo, há previsões de chuvas em várias de cidadãs do estado a partir da próxima semana. Em Cuiabá, no dia 25, as chances de chuva são de 67%, nos dias 26,28 e 29 sobe para 90% a possibilidade de chuva.

Chapada dos Guimarães, Cáceres, Sinop, Rondonópolis, Araputanga também tem previsão de chuva entre os dias 25 e 29 de agosto.

TVCO - PONTES E LACERDA

 

Fonte: TVCO PONTES E LACERDA

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