Em um vídeo publicado nos stories do Instagram, Medina que declara ser morador de cidade no interior de MT, onde começou sua carreira.
Nahuel Medina, integrante da equipe do candidato à prefeitura de São Paulo Pablo Marçal e autor da agressão ocorrida ao final do debate organizado pelo Grupo Flow, contra o marqueteiro Duda Lima, que trabalha na campanha do prefeito Ricardo Nunes (MDB), começou sua carreira em Confresa (MT), onde mora. Ele é sócio do ex-coach.
Em um vídeo publicado nos stories do Instagram, nesta segunda-feira, Medina, que declara ser morador de Confresa (MT), respondeu à pergunta de um usuário que pediu informações sobre como arranjar um emprego na empresa dele e de Marçal.
“A melhor maneira de se conectar com a gente é através dos nossos eventos, as imersões e mentorias. Com esses acessos você consegue se conectar, mas você precisa ter duas características que são fundamentais para realmente conseguir trabalhar com a gente. A primeira é ter um coração ensinável, é estar disposto a aprender com humildade, a aceitar as críticas e crescer com sabedoria. A segunda é não ser um mentiroso, tem que ser um cara real, verdadeiro e leal. Você precisa sempre ter um compromisso com a verdade”, disse ele.
Vale lembrar que a participação do candidato na empresa não consta nem no registro junto à Receita Federal nem na declaração de patrimônio na Justiça Eleitoral.
Em maio, Medina postou um vídeo ao lado de Marçal em que o candidato conta que se tornou sócio do videomaker.
No Facebook, o videomaker diz ser da cidade uruguaia de Montevidéu e morador de Confresa, no Mato Grosso. Segundo os dados da Justiça Eleitoral, Medina recebeu R$ 230 mil da campanha de Pablo Marçal para a “produção de programas de rádio, televisão ou vídeo”. Nas redes, ele costuma compartilhar registros da campanha de Marçal e de outros trabalhos.
Medina publicou nas redes sociais um vídeo em que exibe machucados em sua mão, fruto do soco no rosto de Lima. “Eu só me defendi instintivamente”, escreveu o integrante do estafe de Marçal.
Imagens dos bastidores do debate mostram Duda Lima com o rosto ensanguentado após a agressão.
Marçal, que vinha driblando regras que impediam apelidos pejorativos contra rivais, foi expulso em suas considerações finais pelo mediador, o jornalista Carlos Tramontina, ao dizer três vezes que o prefeito Ricardo Nunes seria preso.
“Quando ele [Marçal] sai, forma-se certo tumulto porque havia um grupo que o acompanhava e que, empurrando o restante do pessoal que estava ali, vem para chegar perto. Porque ele [Marçal] vinha com uma atitude de provocação em relação aos outros. E aí só vi que houve um soco de uma pessoa em um assessor do Ricardo Nunes. O soco pegou no olho esquerdo. Sangrou muito”, relatou o mediador.