O Sindicato dos Caminhoneiros Autônomos de Mato Grosso afirmou que a categoria, em Mato Grosso, não deve aderir a uma possível nova paralisação, três meses após a última greve dos transportadores. Uma suposta nota da União dos Caminhoneiros do Brasil (UDC) comunica que a paralisação deve ocorrer nos próximos dias. Os sindicatos da categoria, em Mato Grosso, no entanto, afirmaram que não receberam esta nota.
As assessorias do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de Mato Grosso (Sindipetróleo) e do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas no Estado de Mato Grosso (Sindmat), afirmaram que não receberam a suposta nota da UDC.
No comunicado, a UDC afirmaria que uma mobilização nacional, por tempo indeterminado, seria feita por causa do não estabelecimento e não cumprimento, por parte do poder executivo, da fiscalização da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e a devida e prometida ampla divulgação dos pontos de fiscalização.
O Sindicato dos Caminhoneiros Autônomos de Mato Grosso, categoria que a UDC estaria representando, afirmou que não recebeu este comunicado e que mesmo que seja verdadeiro os caminhoneiros autônomos de Mato Grosso não irão aderir ao movimento.
De acordo com a assessoria do sindicato, a reivindicação dos caminhoneiros, da última paralisação em maio, sobre a tabelação do frete, foi atendida. A lei já foi sancionada e apenas aguardam que ela entre em vigor.
A nota da UDC, porém, não menciona o aumento no preço do diesel, anunciado na semana passada. Esta era a principal reivindicação dos grevistas na paralisação de maio.
O aumento
Três meses após o fim da greve dos caminhoneiros, a Petrobras aumentou o preço do óleo diesel nas refinarias em 13,03%, um reajuste de R$ 0,27 que já está sendo repassado pelas distribuidoras aos postos de combustíveis. O preço na Petrobras vinha sendo congelado a R$ 2,0316 como parte da subvenção econômica oferecida pelo governo, uma das medidas tomadas para acabar com a paralisação dos caminhoneiros.
Na ocasião, para não causar prejuízos às refinarias e distribuidoras foi instituído um subsídio de R$ 0,30 por litro do combustível e que irá até 31 de dezembro. Porém, com a mudança no cenário econômico, os preços de referência foram revistos impactando no desconto.